Hortas Comunitárias no Combate à Fome e à Desnutrição

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Hortas Comunitárias no Combate à Fome e à Desnutrição

Hortas Comunitárias no Combate à Fome e à Desnutrição

Flávia Rodrigues, de 22 anos, trabalha incansavelmente para melhorar o lugar onde vive: Paraisópolis, uma das maiores comunidades da cidade de São Paulo.  Sempre antenada, faz sua parte envolvendo-se em projetos sociais que trazem mais qualidade de vida de todos.  A jovem faz parte do G10 Favelas, grupo formado por líderes e empreendedores das 10 maiores favelas do país.

A agricultura está presente em um dos vários projetos em andamento em Paraisópolis. O AgroFavela ReFazenda, implanta hortas comunitárias na comunidade com o objetivo de combater a fome e melhorar a condição nutricional dos moradores. O projeto ganhou ainda mais importância neste período de pandemia, quando muitas pessoas ficaram sem emprego e sem condições de pagar por uma alimentação adequada. A principal horta do ReFazenda tem cerca de 900 metros quadrados. 

Flávia é presidente da associação das mulheres da comunidade e uma das peças fundamentais para que o projeto siga em frente. Ela nos conta um pouquinho do que é desenvolvido por lá.

Quando o projeto AgroFavela surgiu?

O projeto AgroFavela começou em 16 de outubro (Dia Mundial da Alimentação) de 2020. É realizado em Paraisópolis e, recentemente, inauguramos em Heliópolis (outra grande comunidade na cidade de São Paulo). Hoje, pelo menos 208 famílias são beneficiadas.

Como é realizado?

O projeto consiste em aproveitar os espaços para se fazer as hortas urbanas. Os participantes recebem treinamentos, fazem cursos e recebem um kit para fazer as hortas em vasos, lajes e pedaços de terra. 

Qualquer pessoa pode participar?

A horta é comunitária, é para todos. Porém, o projeto é voltado para as mulheres.  Qualquer mulher, maior de 18 anos, pode participar das nossas oficinas e palestras. 

São cultivados diversos alimentos. Além de temperos, como alecrim; coentro; salsinha; orégano; tomilho; cebolinha e salsão. Temos também frutas – laranja; acerola; limão; graviola; banana e legumes como maxixe e quiabo, entre outros.

O que mudou ao levar a agricultura para dentro da comunidade?

O que mudou é que as mulheres, agora, têm a sua própria produção de temperos e hortaliças em casa. Além delas terem uma aula prática de como cultivar em casa, podem levar as mudas para plantar, cultivar, colher e consumir os alimentos que produzem. E, além de tudo isso, tem sua própria renda extra vendendo o que produzem, nem muito caro nem muito barato, na média.

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