Agradeça à genética pela biodiversidade | Comida Boa - Do Campo à Mesa

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Agradeça à genética pela biodiversidade

Agradeça à genética pela biodiversidade

Que a formação das cidades, rodovias e a agricultura geram impacto na biodiversidade você já sabe! Agora, você precisa conhecer como o melhoramento genético pode contribuir na redução dos efeitos da agricultura no meio ambiente e como a biodiversidade favorece a própria produção de alimentos.

Biodiversidade é sinônimo de variabilidade da vida na Terra, incluindo milhões de espécies de plantas, animais e microrganismos. E ela está bem perto de você. Seja no tomate da sua salada, naquela plantinha que muitas vezes você esquece de regar, no seu pet e até nos mosquitos que te incomodam.

Aliás, um olhar mais atento pelo planeta Terra nos alerta que, esse é o lugar que temos para fazer tudo. Nascer, plantar, trabalhar, viver e compartilhar!  A série One Strange Rock, da National Geographic e narrada por Will Smith traz um pouco dessa pegada.

Ninguém duvida que a biodiversidade é essencial, tanto para o equilíbrio da vida quanto no potencial de entrega de produtos para a humanidade. Isso mesmo, apenas para citar alguns exemplos: alimentos, medicamentos e até cosméticos podem ter sua origem da biodiversidade.

Mas, o compromisso de preservar a biodiversidade é responsabilidade de todos nós! E se você quiser entrar mais nesse clima, confira o vídeo.

Como o alimento é um item essencial, a preservação da biodiversidade faz parte da produção agrícola como um trabalho de cooperação entre comunidade local, governo, pesquisadores, agricultores, ONGs e empresas.

Bem mais do que uma mãozinha da genética

Desde cedo o homem aprendeu a coletar, armazenar e plantar sementes que geravam variedades mais produtivas, resistentes e que davam grãos maiores ou mais saborosos. O que os povos ancestrais não sabiam é que ao cultivarem esses cereais para sua alimentação, já estavam selecionando características genéticas. Nessa luta pela sobrevivência, a preocupação com a biodiversidade ainda não estava em jogo, mas deu início a uma jornada de mudanças por variedades cada vez mais voltadas a levar comida para casa.

E para você sair dessa leitura conhecendo muito mais sobre vários alimentos que consome, não perca esse vídeo do Canal Fala Sério.

A boa notícia é que, com o tempo, fomos aprendendo a desenvolver plantas que entregam mais alimento usando o menor espaço de terra. Sempre que economizamos terra, atingimos menos os outros seres vivos, preservando a biodiversidade.

O conhecimento evoluiu junto com a humanidade.

Tudo o que fomos aprendendo sobre os genes e estrutura do DNA levou à biotecnologia moderna. Com ela, novas características foram sendo adicionadas nas plantas.

Com alterações em determinados genes,  foram produzidas plantas resistentes a insetos, doenças, ambientes de seca e com maior facilidade de tratamento nas lavouras. Aumentamos a produção, poupamos área e mais uma vez, deixamos a nossa biodiversidade mais protegida.

A outra vantagem da biotecnologia moderna é que, com ela, fomos alterando apenas os genes desejados. Não contamos com o acaso, usamos técnicas muito precisas e retiramos genes de um organismo e levamos para outro de forma muito segura. Alguns desses produtos recebem o nome de transgênicos, caso possuam genes de espécies diferentes.

Segurança comprovada

E para quem tem alguma dúvida sobre a segurança dessas plantas, fica a dica: são muito testadas por pesquisas independentes e somente depois de comprovarem sua segurança no meio ambiente, saúde humana e animal é que são liberadas para uso.

Sem falar que já estão no campo há mais de 20 anos, sem nenhuma história ruim para contar. Qualquer fato contrário a isso, não passa de uma “fake news”. Não existe nenhuma base científica que sustente alguma crítica a esses produtos. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já afirmou que os alimentos transgênicos não apresentam riscos à saúde humana.

No filme Food Evolution, disponível na Amazon, você pode acompanhar a história dos transgênicos pelo mundo e refletir sobre como a inovação pode ser percebida. Confira!

Melhoramento genético cada vez mais preciso

Diante de tantos benefícios da genética, as pesquisas sobre o funcionamento dos genes em diversos organismos nunca pararam. Grande parte desse trabalho tem se concentrado em aprendermos como a natureza age e procurarmos levar esse conhecimento para as nossas necessidades.

Simular o que na natureza levaria muitos anos para ocorrer, é uma estratégia bastante presente no melhoramento genético voltado à produção de alimentos.

Atualmente, falamos de técnicas de edição genética e a mais famosa e popular, reconhecida com um prêmio Nobel em 2020, é a técnica de CRISPR.

Uma cópia do sistema imune das bactérias que se defendem de vírus quebrando trechos do seu material genético, produzindo uma “memória”. Ou seja, essas bactérias fazem o mesmo que nós, quando entramos em contato com um vírus e produzimos anticorpos. Essa “memória” representa a nossa defesa contra um novo ataque viral.

Jennifer Doudna e Emmanuelle Charpentier, pesquisadoras da técnica de CRISPR e vencedoras do Prêmio Nobel de Química 2020.

Nos últimos anos, os pesquisadores adaptaram essa especialidade das bactérias para que elas agissem como se fossem um GPS que vai direto no gene de interesse, promovendo cortes ou inserções no DNA de microrganismos e plantas, eliminando ou adicionando características. Você pode imaginar quantas possibilidades o CRISPR abre para a agricultura?

Poder retirar de uma planta genes que a tornam suscetível a uma doença e colocar no lugar outros que a deixam resistente, significa produzir mais com menor gasto.  Novas cultivares tolerantes a questões climáticas, como seca e calor, por exemplo, poderão permitir que a agricultura ocorra onde antes seria impossível. Teremos, mais ferramentas que protegem a biodiversidade.

E falando em material genético, além de desenvolver novas variedades, guardamos tudo o que encontramos no planeta em lugares seguros e preparados para que essas amostras jamais se percam. Afinal, a diversidade de alimentos, também depende da variabilidade genética que encontramos na natureza. São os bancos de germoplasma!

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