Energias geradas on farm aumentam lucros das propriedades | Comida Boa - Do Campo à Mesa

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Energias geradas on farm aumentam lucros das propriedades

Energias geradas on farm aumentam lucros das propriedades

É tão fácil apertar um interruptor e a luz acender, não é? 

Além de trazer conforto, a descoberta da eletricidade possibilitou o desenvolvimento industrial das cidades e do campo. 

Mas as formas historicamente usadas para geração de energia vêm consumindo os recursos naturais não renováveis, como petróleo e carvão mineral que, além disso, são emissores de gases poluentes.

Por isso, a busca por outras fontes de energia limpa e renovável estão entre os desafios atuais da humanidade. Uma boa alternativa é a produção de eletricidade a partir de biomassa (proveniente de matéria orgânica animal ou vegetal). 

Esse desafio ronda a vida do engenheiro agrônomo Gustavo Henrique Tonhão. Filho de agricultores do município de Santo Antônio do Jardim (SP), aos 24 anos, é consultor da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em Mato Grosso do Sul. Seu trabalho consiste em auxiliar agricultores na busca por alternativas para gerar energia limpa e renovável, com mais eficiência e reduzindo custos. 

O que te motivou a trabalhar no agronegócio?

Sou produtor de café desde os 12 anos, quando eu e meu irmão assumimos a propriedade da minha avó paterna na produção de café arábica. Eu não sei o momento exato de quando entrei no agro, pois acredito que nasci no meio da lavoura. Só sei que nunca quis sair desse ambiente. O sonho de produzir e de ter um negócio próprio me motivou a sempre seguir no meio rural.

De onde surgiu seu interesse em solucionar os problemas no campo?

No sítio havia muitas dúvidas, a principal delas era a redução de custo. Diante disso, fui em busca de aprender mais sobre o sistema, principalmente conceitos para melhorar a produção. No primeiro ano de faculdade, tive contato com um professor apaixonado pela bovinocultura de corte e, como ele, também me encantei por isso. Durante toda a minha graduação, procurei me especializar em bovinocultura de corte e café, como paixão e negócio. 

Eu me formei em dezembro de 2018 e, em janeiro de 2019, encarei o desafio e fui trabalhar como gerente de confinamento de bovinos de corte para um grupo australiano, na Nicarágua. Quando voltei, surgiu a oportunidade de trabalho como técnico de campo e, hoje, atendo 30 produtores na região sudeste do estado do Mato Grosso do Sul.

Quais são as áreas em que você mais presta consultoria?

As fazendas que atendo são em grande parte com aptidão à tecnologia, desde a cria, recria e engorda do gado. Elas estão apostando no sistema Integração-Lavoura-Pecuária (ILP), integrando as culturas de modo que na 1ª safra, haja soja; na 2ª, milho e braquiária; e na 3ª, o boi. 

E como a geração de energia entra nessa equação? 

O custo com energia elétrica de uma propriedade pode chegar a 5% do total dos custos. Reduzir esse desembolso pode ser significativo para ter melhores números no fechamento das contas.

A utilização de biodigestores, por exemplo, por pecuaristas que possuem confinamento e não sabem o que fazer com os dejetos, pode ser uma excelente alternativa para geração de energia, assim como a utilização dos tetos solares para produção de energia fotovoltaica.

Algumas propriedades já utilizam 100% da energia advinda de um desses processos ou até mesmo dos dois. Toda forma de redução de custo é bem-vinda. O conceito da consultoria é levantar a necessidade do cliente, por meio de diagnósticos e processos, identificar soluções e realizar uma programação de ações para melhorias contínuas. 

Sendo assim, toda melhoria que eu possa trazer ao agricultor, estará englobada no meu propósito. As formas de energia “on farm” trazem benefícios econômicos e ambientais ao produtor rural.

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