O mercado de trabalho é muito dinâmico. De tempos em tempos, aparecem novas profissões e oportunidades de especialização, abrindo o leque de áreas de atuação. 

Na agricultura, que reúne muitas atividades que se reinventam a cada dia para a superação de desafios cada vez mais complexos, a diversidade de profissionais é muito necessária. 

Você sabia que o agronegócio engaja profissionais de informática, tecnologia, marketing e diversas engenharias?  E mais, se você gosta de viver na cidade, ainda assim poderá trabalhar pelo agro. Isso mesmo. Quer entender melhor sobre essas possibilidades? Fica com a gente. 

Transformações digitais no campo 

O desenvolvimento da agricultura demanda a especialização de áreas diferentes. Além das carreiras “tradicionais” de agrônomos, zootecnistas e veterinários, o agronegócio moderno vem abrindo novas portas, incluindo a atuação de quem viabiliza a agricultura digital. 

Tecnologias para utilizar melhor a água no campo

A consultoria especializada em recrutamento Michael Page sabe bem disso e vislumbrou esse quadro há tempos. O gerente executivo Stephano Dedini contou para gente que na agricultura moderna há uma alta procura de profissionais que estão ligados ao desenvolvimento de tecnologias digitais, especialistas em vendas e finanças. 

Oportunidades no horizonte 

Muitas empresas estão apostando em novas metodologias de controle dos cultivos, clima, solo, controle de software, gestão de armazenamento e de estoque de produtos. Para Dedini, “tem muita coisa de tecnologia conectada com o campo, mas esse universo de “tecnologia da informação” é um pouco novo”. 

O setor estava muito mais acostumado a contar com pessoas técnicas das áreas agronômicas e de zootecnia. Não era comum, uma demanda intensa de profissionais de desenvolvimento de tecnologias da informação. Boa parte desse universo está relacionada à chegada de startups voltadas para o agronegócio, as agtechs.

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O desenvolvimento de tecnologias que entregam soluções disruptivas para o setor agrícola precisam de especialistas para que todo o seu potencial seja levado até o produtor. Aí está uma das oportunidades de um profissional que faça o meio de campo entre o agricultor lá na ponta e as novas tecnologias que vão sendo desenvolvidas.

A agricultura digital vem mudando o cenário da produção agrícola

“Tem que ter uma pessoa com expertise em vendas, mas ao mesmo tempo com conhecimento dessas novas tecnologias e da aplicação delas na prática. Eu citaria desde o vendedor até os gerentes regionais na condução dos lançamentos de novos produtos”, contou o gerente.

Um outro ponto em destaque é que, com toda essa movimentação da agricultura, é cada vez maior a necessidade de investimentos, ou seja, pessoas que trabalham com finanças são muito bem vindas para gerenciar os investimentos. 

Para se ter ideia, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA – Esalq/USP) mostram que, no primeiro trimestre deste ano, o agronegócio empregou quase 17,5 milhões de pessoas, o que equivale a 20% da população ocupada no país. Esse volume está praticamente estável desde o último trimestre do ano passado.

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As empresas estão se movimentando para atrair pessoas de outros setores e trazer novos olhares e ideias. 

Um outro movimento que também chama a atenção é que muitas indústrias investem direto em universidades e pólos de tecnologia com o objetivo de que esses profissionais já consigam flertar com o universo da tecnologia mesmo sendo pessoas super técnicas da área.

A tecnologia é peça chave na transição energética

“As novas tecnologias vindas com as startups, deixam o mundo do investimento olhando pro agro de uma forma um pouco mais ampla. A coisa fica mais aquecida mesmo”, destacou o gerente executivo. 

Há espaço para muita gente. Como o Brasil é enorme, o mercado é amplo e há carência de profissionais em vários locais.