Sua genética pode estar em um banco | Comida Boa - Do Campo à Mesa

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Sua genética pode estar em um banco

Sua genética pode estar em um banco

Os bancos fazem parte do nosso dia a dia. É onde colocamos nossas economias, investimentos. Aquele recurso que acessamos sempre que for preciso. Pois, bancos genéticos, ou bancos de germoplasma, servem, exatamente, para o mesmo fim.

Neles estão armazenados recursos genéticos (também denominados DNA) para conservar plantas, animais e microrganismos que compõem a biodiversidade do planeta. É um patrimônio de valor inestimável recheado de informações biológicas extremamente valiosas.

Imagine se alguém já tivesse encontrado o coronavírus que estamos enfrentando hoje e tivesse guardado num banco desses? Certamente, teria nos ajudado muito a lidar com a pandemia.

Os bancos de germoplasma guardam sementes, sêmens e outros materiais genéticos que podem ser usados para melhorar plantas e animais que fazem parte da nossa alimentação, por exemplo.

Esse assunto anda tão em alta que Zac Efron viajou para Lima no Peru e conheceu um dos mais importantes bancos de germoplasma da América Latina na série Down to Earth, da Netflix. Confira!

Quer saber mais? Segue a leitura! Você vai conhecer o maior banco genético do mundo e descobrir se tem DNA brasileiro por lá.

A maior Arca de Noé do mundo

O maior banco de germoplasma do mundo fica no arquipélago de território ártico da Noruega em Svalbard. Construído numa caverna dentro de uma montanha gelada, o local tem capacidade para armazenar 4,5 milhões de amostras, em câmaras com temperatura de 18ºC negativos. Assista ao vídeo e conheça como é o Banco Genético de Svalbard.

A estrutura foi planejada para resistir a catástrofes climáticas e explosões nucleares e, mesmo sem energia, pode conservar as sementes por muitos anos. Como todos os bancos de germoplasma, essa moderna “Arca de Noé” reúne diferentes tipos de coleções de uma mesma espécie de planta.

DNA brasileiro já entrou no banco mundial

O banco norueguês abriga materiais provenientes do mundo todo, inclusive do Brasil. Cientistas brasileiros mandaram amostras de arroz, milho, cebola, pimentas e de cucurbitáceas (abóboras, morangas, melão, pepino, maxixe, quino e melancia).

Além de evitar o desaparecimento de espécies, esses materiais preservam genes importantes para o melhoramento de plantas. Acessando os bancos de germoplasma, pesquisadores podem utilizar os materiais no desenvolvimento de variedades mais produtivas, resistentes a doenças e adaptadas às diversas condições de clima e solo.

Plantas ancestrais valem ouro

Armazenar espécies ancestrais é super importante. Afinal, elas podem guardar características não encontradas nas lavouras atuais.

E essas informações podem ser resgatadas quando surge algum problema novo, como por exemplo: o aparecimento de uma nova doença ou questões relacionadas às mudanças climáticas. Estudando as espécies ancestrais, cientistas podem encontrar genes que ajudem a desenvolver uma variedade que seja produtiva e mais resistente. 

Nosso próprio banco de recursos genéticos

Aqui no Brasil, o banco genético fica na Embrapa (em Brasília), onde reúne cerca de 130 mil amostras só de sementes, além de microrganismos, sêmen e embriões de animais, que formam o maior banco de recursos genéticos da América Latina e o quinto maior do mundo.

Para conhecer mais sobre o Banco Genético do Brasil, confira entrevista com o doutor em genética e supervisor do banco Genético da Embrapa – Juliano Pádua. 

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